sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Telecurso

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Hoje pela manhã tive uma aula de publicidade em um minuto. No intervalo do Bom Dia Brasil assisti o comercial da Oi onde um narrador descreve todas as conquistas do Rodrigo Santoro como ator. O que faz o filme do caralho não é apenas o desfecho, e sim todos os fatos fictícios que estão nele, como o ator colocando a mão na calçada da fama e os bonecos dele sendo vendidos no Japão.



Quem trabalha em agência sabe do problema que é criar campanhas onde apareçam celebridades. Normalmente o cliente arca com um caché enorme e fica sem dinheiro pra investir na produção. Outro fato recorrente é a falta de segurança dos anunciantes, que pensam que basta colocar a Mallu Magalhães dizendo que usa Óleo de Peroba no violão dela pra vender muito. Não estou afirmando que uma celebridade não vá ajudar nas vendas, mas questiono aonde ficam os interesses da empresa em construir uma imagem perante o seu consumidor. Essa discussão é velha e por isso mesmo que fico me questionando como empresas e agências ainda usam e abusam dessa fórmula? Resultados como o da Oi me animam. Fazem parecer que há uma solução para um antigo dilema. Hoje de manhã essa alegria durou milésimos de segundo, pois na sequencia da Oi eu assisti outro comercial com o Santoro, só que dessa vez da Wise Up. Não tem nem o que falar:



Pra não acabar mal esse post, deixo aqui a produção da AT&T do ano passado com o Martin Scorsese. É mais um exemplo de celebridade e empresa de telefonia dando certo.

4 comentários:

Anônimo disse...

Outro ponto é o talento do ator (e como se aproveita isso). A Oi foi criativa pacas, a Wise Up não.

Vinícius da Cunha disse...

Fato. A direção também é fundamental pro resultado da Oi.

Bruna disse...

Esse comercial da Wise Up me dá nos nervos. Totalmente robótico! hahaha É a diferença entre quem usa o ator para ler um texto ou para atuar. Não tem pq não aproveitar o Rodrigo Santoro e pensar na propaganda como um curta.

Ps: te vi em algum lugar da Perestroika e curti o blog! =)

Vinícius da Cunha disse...

Por sorte, ou por falta de verba, não tenho visto esse comercial.

Valeu a visita e volte sempre :]