Ontem assisti pela segunda vez Edukators. O filme não é novo, mas depois de ter visto Metropolis, de Fritz Lang, alguns aspectos vieram à tona. Para mim o país de origem não é o único ponto em comum das duas produções. Na realidade, me parece que o segundo não existiria sem o primeiro. Em 1927, Lang previa que no ano de 2027 o trabalhador do subsolo iria se rebelar contra as máquinas que erguem a cidade. Apesar de tudo, Metropolis não propõe uma sociedade governada pela classe operária, ele apenas sugere um debate entre a classe dominante e o proletariado. Já os educadores, como o próprio filme cita, estão longe de ser Robin Hoods modernos. Eles querem que o dono da cidade pense: será que já não tenho dinheiro demais? O que pode parecer uma conversa boba sobre o nosso atual regime capitalista, ganha estrutura com os bons argumentos apresentados pelo empresário sequestrado. Segundo ele, a ambição acompanha o homem. No momento em que casou pensou em dar uma boa vida para mulher, depois de ter filhos, quis educa-los nas melhores escolas. Foi aí que começou a se dedicar ao trabalho de 14 horas por dia. Alguém pode culpa-lo? Mais do que rebeldia, Edukators apresenta o diálogo proposto em 1927.
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