Com vinte e poucos já não tenho aquela sensação que a vida vai acabar a qualquer momento e o período de um ano passa bem mais depressa do que antigamente.
Embora tenha mudado minha relação com o tempo, a situação vivida pela senadora Íngrid Betancourt me chama mais atenção pelo isolamento do que pela violência dos guerrilheiros colombianos ― afinal tirar a liberdade de uma pessoa também é um espécie de violência.
Li na Zero Hora o depoimento de um prisioneiro que aponta os jornais, que raramente eram recebidos, como seu maior passatempo no cativeiro. Segundo ele, era preciso poupar a leitura, assim um par de linhas demoravam horas para serem lidas.
Quantas vezes por semana nos deparamos com momentos que exigem um pouco mais de paciência e aqueles quinze, trinta ou sessenta minutos parecem uma eternidade?
Não escrevo esse texto para comparar o nosso dia-a-dia com o de um refém da guerrilha. Não quero incentivar a filosofia do poderia ser pior ― aliás, são desrespeitosas as filas gigantesca nos bancos. Busco entender o valor da espera. Quem sabe ela sirva para nos questionar sobre a relevância do que faremos a seguir. Não é de hoje que lutamos contra o tédio. Em tempos de internet, videogame e celular talvez esses meios estejam nos roubando esse precioso tempo.
Será que não é apenas a quantidade de linhas para ler que diferencia nossa vida do cativeiro colombiano?
sexta-feira, 4 de julho de 2008
Ou não.
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7 comentários:
de acuerdo.
Sem falar que eles fumam maconha de muito melhor qualidade.
Te entregaste.
Perco a dignidade, mas jamais a piada.
HUm pois é, guerrilha, cara hoje na madruga se eu tivesse uma arma eu matava alguem
duisauidahd
PHP + atraso = stress
que doidera
Sabe como eu sei que tu é gay? Post terminando com pergunta reflexiva.
Muito gay.
;-) :-D ;-) :-D ;-) :-D
Marcos,
Tem uma regra no blogger que te permite fazer esse tipo de pergunta ao final de um post, porém somente uma vez a cada 10 anos. Tudo isso sem que tu perca a hombridade.
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