sexta-feira, 21 de agosto de 2009

O senso comum.

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Faz quase um mês que as duas inglesas acusadas de tentar dar um golpe no seguro ocupam as manchetes dos principais jornais do país. O destino quis, mais uma vez, que a cidade escolhida como cenário do crime fosse o Rio de Janeiro.

Não é de hoje que o Brasil é visto como escoderijo para a galera fora-da-lei. Em 1970, o ladrão Ronald Biggs fugiu da Inglaterra para passar seus melhores dias aqui. Sete anos depois, o Dentes de Aço viria pra cá morder os cabos do bondinho. Esses acontecimentos não resultaram apenas no Balão Mágico e em um filme mediano do 007. Eles são dois dos incontáveis episódios que apresentam o Brasil, especialmente o Rio de Janeiro, como o lugar onde os ladrões se refugiam para o resto do mundo. Assim como Las Vegas é o lugar da farra e Paris o dos romances.

O interesse na prisão das duas inglesas está além da justiça, ele é uma oportunidade de mostrar para o mundo que o Brasil é uma país sério, que pune. É justamente isso que me chama a atenção. Não acredito que seja possível ir contra o senso comum. Por isso, é melhor relaxar e, quem sabe, até brincar com a história. Lembram da campanha de bolsas italianas no começo desse ano? Qualquer um poderia dizer que elas foram criadas por uma cartomante que preveu o que ocorreria na terra da caipirinha.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Primeira Frase

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A história das grandes bandas de rock são sempre recheadas de lendas. Escutando Strutter, primeira música do primeiro disco do KISS, parei pra pensar na frase "I know a thing or two about her". Mesmo que a banda não estivesse em sua fase marqueteira, é certo que os membros ou a gravadora tenham discutido sobre qual som usariam pra abrir o álbum. A dúvida que fica é se os caras pararam pra pensar nas primeiras palavras que seriam ditas pelo KISS. Na minha opinião, o Paul explica um pouco da temática da banda quando canta que sabe uma ou duas coisas sobre ela. Isso porque o KISS sempre falou de relacionamentos e mulheres em suas canções, mesmo que de um jeito bizarro e sexista. A partir disso, por curiosidade, comecei a pensar nas primeiras frases de alguns discos de estréia. Será que não dá pra tirar alguma coisa delas:

- 1, 2, 3, 4! / The Beatles
- In the days of my youth, I was told what it means to be a man. / Led Zeppelin
- Out! / The Who
- My name is Jonas, I'm carrying the wheel. / Weezer
- Can't you see I'm trying? / The Strokes
- Let's go surfin' now! / The Beach Boys
- An I wanna move the town to the clash city. / The Clash
- Hey, Ho, Let's Go! / The Ramones
- Anticipation has a habit to set you up. / Arctic Monkeys
- I’m a road runner, honey. / The Zombies
- I'm lying in my bed. / Jeff Buckley
- I live cement. / Pixies
- If you wouldn't mind I would like it blew. / Nirvana
- I live my life in the city. / Oasis
- Hoo, lord! / The Red Hot Chili Peppers
- I'm not afraid to say I'm scared. / Sonic Youth
- Because mutiny on the bounty's what we're all about. / The Beastie Boys
- Well it's 1969 okay. / The Stooges
- Strikes the bell for 5 o'clock, Uncle Arthur closes shop. / David Bowie
- Sunday morning, praise the dawning. / Velvet Underground
- A cheep holiday in other peoples misery! / Sex Pistols
- Beside yourself if radios gonna stay. / R.E.M.
- You are the sun and moon and stars, are you / Radiohead

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Telecurso

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Hoje pela manhã tive uma aula de publicidade em um minuto. No intervalo do Bom Dia Brasil assisti o comercial da Oi onde um narrador descreve todas as conquistas do Rodrigo Santoro como ator. O que faz o filme do caralho não é apenas o desfecho, e sim todos os fatos fictícios que estão nele, como o ator colocando a mão na calçada da fama e os bonecos dele sendo vendidos no Japão.



Quem trabalha em agência sabe do problema que é criar campanhas onde apareçam celebridades. Normalmente o cliente arca com um caché enorme e fica sem dinheiro pra investir na produção. Outro fato recorrente é a falta de segurança dos anunciantes, que pensam que basta colocar a Mallu Magalhães dizendo que usa Óleo de Peroba no violão dela pra vender muito. Não estou afirmando que uma celebridade não vá ajudar nas vendas, mas questiono aonde ficam os interesses da empresa em construir uma imagem perante o seu consumidor. Essa discussão é velha e por isso mesmo que fico me questionando como empresas e agências ainda usam e abusam dessa fórmula? Resultados como o da Oi me animam. Fazem parecer que há uma solução para um antigo dilema. Hoje de manhã essa alegria durou milésimos de segundo, pois na sequencia da Oi eu assisti outro comercial com o Santoro, só que dessa vez da Wise Up. Não tem nem o que falar:



Pra não acabar mal esse post, deixo aqui a produção da AT&T do ano passado com o Martin Scorsese. É mais um exemplo de celebridade e empresa de telefonia dando certo.