terça-feira, 30 de dezembro de 2008

5 discos #03

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A qualidade do Kings of Leon é indiscútivel, mas dessa vez eles passaram dos limites. O Only By The Night é conceitual, as músicas não sobram, se completam uma a uma.




Acredito que esse seja o disco onde os caras mostram completaram a fase ou que viraram o jogo. Porém, é difícil escutar apenas pela noite.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

5 discos #04

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Sempre gostei do R.E.M. mas poucas vezes me emocionei tanto com um disco deles. A volta ao rock pode não cair bem pra algumas bandas, mas não é o caso dos caras de Houston Athens. Accelerate tem canções simples compostas por gente que sabe muito bem o que está fazendo. Por isso, a escolha por uma formação clássica do rock (com apenas guitarra, baixo e bateria) é inteligente. Afinal, os caras não precisam de muito para fazer todo aquele barulho.

5 discos #05

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Tive o prazer de assistir o Hot Chip ao vivo no Tim Festival de 2007. Na ocasião, esperei pouco dos caras e me deparei com um baita show. Em 2008 foi difícil encontrar uma pessoa que tivesse passado batida por Ready To The Floor, o primeiro single de Made In The Dark.





Belas linhas de vocal se misturam com texturas eletrônicas e guitarras roqueiras ao longo do álbum. O que complica, e muito, o ato de rotular o disco em um estilo. O legal é que consegui esse vídeo com os caras comentando cada faixa:


quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Chega 2009.

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Se tem um filme que eu espero ansiosamente para ver no ano que vem, esse é o The Wrestler. O roteiro conta a vida de um lutador de luta-livre em crise de identidade. Pelo trailer já entregaria o Oscar de melhor ator pro Mickey Rourke. Te liga:

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Novo Hamburgo pela última vez.

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Novo Hamburgo e sua igreja.

Pessoal, venho por meio deste anunciar que, com a ajuda do amigo Becker, criei o primeiro viral da cidade de Novo Hamburgo. O Novo Hamburgo Facts não pára de pipocar na minha caixa de e-mail e no meu MSN. Muita gente riu do assunto, mas também percebi que mexi com os brios de alguns cidadãos de nossa acolhedora cidade. Por isso, aproveito pra esclarecer que não haverão mais piadas sobre a capital do Vale do Sinos neste blog. Depois deste encerramento, é claro:

Por que o hamburguense não toma leite gelado?
Porque a vaca não cabe na geladeira.

O que o hamburguense disse quando viu uma casca de banana no chão?
Ai, Jesus, vou ter que cair de novo!

Por que o hamburguense coloca um balde de gelo em cima do videocassete ?
Para congelar a imagem.

Por que os caminhões de gás com música não deram certo em Novo Hamburgo ?
Porque logo na primeira esquina a orquestra caiu de cima do caminhão.

Por que o hamburguense não toma banho na primavera e no outono ?
Porque no chuveiro dele só tem a opção Inverno/Verão.

Por que o hamburguense leva garfo e faca quando dirige ?
Para entrar no rodízio.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Fracassos.

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Nos primeiros dias do mês doze é que o ano se encaminha para o final. É a época de colocar os acontecimentos na calculadora, somar e dividir até descobrir o que foi realmente inesquecível. Estava fechando o caixa quando fiquei sabendo do show que o Face To Face vai fazer em Porto Alegre. Um baita motivo pra interromper os cálculos complicados, e altamente relevantes, que apontavam o melhor show de 2008. Em cinco segundos, fui capaz de ter uma idéia de como satisfazer meu desejo por listar alguma coisa. Segue um top com os três melhores shows que não assisti, por vontade própria, ou quase isso:

3. Pearl Jam
Quando?
2005

Relatos
A banda destruiu no Gigantinho. Eddie Vedder e sua garrafa de vinho fizeram o que queriam com o público. Além do setlist perfeito, o show contou com a bateria de Marky Ramone em I Believe in Miracles.

Doh!
Com aula marcada, saí do trabalho, em frente ao Gigantinho, pelas 19 horas. A essa altura uma multidão se embebedava na frente do local. O coração dizia para ficar, deixei pro lado racional resolver e me dei muito mal. Um dia depois caiu na minha mão um disco com a gravação que comprovava o fracasso.

2. Hellacopters
Quando?
2003

Relatos
Um show de rock clássico. Os caras pisaram no palco, deram boa noite e uma avalanche de riffs tomou conta do Jockey Club de Porto Alegre. Sem mais palavras tocaram uma música atrás da outra e foram pra casa. Precisa mais?

Doh!
O Hellacopters dividiu o palco com o Sepultura e o Deep Purple. Como não tinha nenhuma vontade de assistir os outros dois shows caça-níqueis, deixei passar a banda de abertura. Um vídeo da internet mostrou tudo que eu perdi naquele dia.

1. The Killers
Quando?
2007

Relatos
Uma penca hits contidos nos dois discos dos caras serviu pra agradar a galera que acompanhou o show no Tim Festival em SP.

Doh!
Fiz tudo certo, comprei passagem e ingressos para acompanhar o tal festival. O que eu não previ foi o atraso de cinco horas ocasionado pela desorganização da produtora. Depois de cinco músicas fui correndo para um táxi: tive que escolher entre o vôo de volta ou o show. Nada pior que fracassar por culpa dos outros.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

FORWARD

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Forward dois em um.

O Just Creative Design tá com um novo projeto. Se chama Logo of the day e tem tudo para ser uma baita fonte de inspiração para diretores de arte e designers. Pra promover o lançamento eles estão premiando as pessoas que indicarem logotipos. Basta saber se enviam os prêmios pro Brasil.

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Descobri um fotógrafo chamado Daniel Fell. O cara tem um estilo clássico. Fotografa a vida de algumas cidades em preto e branco como há tempos não via. O que não falta são skylines e gente comum como protagonista.



Via Fubiz

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Machado é pop.

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Não é só pela idéia do caralho que o Projeto Mil Casmurros é massa. O fato da Rede Globo deixar a quadradice de lado pra investir em uma forma de comunicação tão inovadora é que me deixa de queixo caído. Se você ainda não conhece a leitura coletiva de Dom Casmurro, entre no site. É uma barbada participar.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

FORWARD

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Durante todo o dia meu Google Reader pipoca. Lá aparecem um monte de notícias sobre design gráfico, publicidade, comunicação, internet, música, desenho industrial, moda, humor e comportamento. Sempre me questiono sobre a utilidade e o aproveitamento disso tudo. Muitas vezes repasso o conteúdo para os amigos via e-mail, twitter ou MSN, mas acredito que esse blog poderia ser mais rico se começasse a postar aqui alguma dessas bacanices. Portanto, a partir de hoje começo o projeto FORWARD no qual pretendo postar o maior achado do dia. Vamos ver se dá certo.

Pra começar, The State of Mine, um retrato do artista russo Egor Bashakov:




Via Abduzeedo

Cerveja coisa séria.

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A descoberta de um novo bar fez minha relação com a cerveja, que já era boa, melhorar. O Pub Garagem 23, em Ivoti, oferece mais de 50 rótulos diferentes por um preço justo.

O clima do bar é amistoso. Como não existem garçons, quem te serve é o próprio dono, o Beto. Isso pode atrapalhar um pouco nas horas mais movimentadas, mas faz com que cada cerveja que tu peça venha bem servida e com uma explicação científica. Além de beber tu fica sabendo sobre os processos de fabricação, a história e as opiniões do próprio Beto sobre a marca. Depois de umas e outras, não haverá susto na hora de pagar a conta e na saída tu ainda pode aproveitar pra levar um Kit-Kat pra viagem. Iguaria rara, mesmo em época de globalização.

Pub Garagem 23
Avenida Presidente Lucena, 3510 - Centro
Ivoti

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

O rei.

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No sábado tive o prazer de reencontrar um dos melhores restaurantes da cidade de Novo Hamburgo. Hoje pela manhã, acordei com uma imensa vontade de escrever sobre o lugar. E não é que o Destemperados meu deu mais um motivo?

Sempre que cito a cidade de Novo Hamburgo as pessoas rebatem com perguntas sobre o Bifão, o Pica-Pau lanches e, claro, o Italian Place. Tirando o último nome, os outros oferecem comida pra turista ver. Já se foi os tempos onde o Bifão servia pratos enormes com qualidade e preço justo. Em um possível top 5 com os melhores xis salada da cidade é capaz do Pica-Pau nem aparecer. E apesar do Italian Place meter o Tirol no bolso, ele acaba sendo uma opção comum a todas as pessoas que visitam a cidade.

Toda essa introdução é necessária para referenciar sua majestade, o Rei da Chuleta. Ao entrar, o ambiente simples, com mesas disposta à sombra de uma parreira, te faz sentir em casa. O prato principal, a famosa chuleta, é servida na mesa e dentro do restaurante existe um pequeno buffet de acompanhamentos. Outra atração é o guaraná servido em garrafa de cerveja. A garantia de qualiade são os dois funcionários, um casal com mais de 70 anos que revessa diferentes funções para atender os famintos. Se tiver oportunidade, não deixe de experimentar esse verdadeiro simulador de casa dos avós.

Rei da Chuleta
Rua Bento Gonçalves, 418 - B. Pátria Nova
Novo Hamburgo

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

O sinal.

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Posso afirmar que sou um bom motorista. Não corro, respeito a faixa e só passo no vermelho depois da meia-noite. Como qualquer bom motorista, de vez enquando tenho meus deslizes. Admito que em momentos de distração cortei a frente de outros veículos e, ao estacionar, já encostei em pára-choques alheios. Na última vacilada, quando quase ocupei o mesmo espaço físico de um gol noventa e nove ao trocar de faixa, descobri que a comunicação por sinal é um dos maiores responsáveis pelos problemas no trânsito. Sem esforço, contei que o ser humano tem mais de dez gestos para xingar outra pessoa enquanto dirige um carro. No entanto, não há na gama de lingüagens gestuais um aceno que signifique foi mal, caguei na tampa. Pode testar, qualquer movimento que tu faça depois de levar um buzinasso sempre deixa o motorista do lado mais injuriado. Pode ser com a cabeça ou com as mãos, a fúria do ocupante do carro prejudicado não permite que ele perdoe o distraído. Provavelmente, metade das brigas de trânsito comecem assim: um tenta se desculpar, o outro não entende, xinga a mãe, os dois param os carros, o que cometeu o erro não lembra mais do que fez e em seguida começam os socos. Vale, no mínimo, um Nobel da Paz pra quem inventar um sinal que acabe esse círculo vicioso.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Vergonha 90.

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Não tem quem discuta que os anos 90 foram uma década do caralho. Poderia citar o rock, o cinema ou o videogame, mas como a intenção desse texto não é fazer um revival, vamos pro que interessa. O ano era 1994 e pela primeira vez se pensou em aposentar a bicicleta. O motivo era o filme Manobra Super Radical. As chamadas, que pipocavam no intervalo comercial da sessão da tarde, mostravam cenas de um adolescente andando de roller, objeto pouco visto até então. Lembro da espera pela estréia, que parecia não chegar. Também recordo do dia em que fui ansioso até uma das duas salas de cinema do Novo Shopping para assistir o supra-sumo da diversão na telona. O roteiro, que pouco importava, conta o drama de um surfista californiano que se transfere para o frio de Ohio. Na nova cidade ele fica sem o surf, mas compensa com o roller e a amizade de um Seth Green de espinhas. Não demorou até a moda dos roller surgir e desaparecer. O que ficou foi a memória boa de um filme que nunca deve ser revisto.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Business Time II

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No segundo post da série o homenageado é o Habib's. A última vez que sentei em uma mesa dessa cadeia foi em 2005. Um mês antes, tinha ido até lá comer uma pizza. O ótimo custo-benefício e o salário de estagiário me fizeram esquecer o mau atendimento. Em outra palavras, voltei. Os jogos americanos e os pratos sujos eu já conhecia, mas uma regra da casa me chamou atenção. Depois do atendente servir o cafézinho antes da entrada, ele trouxe minha quatro queijos. Ao servir a primeira pessoa que estava comigo ele fez uma baderna, vôou queijo para todos os lados. Serviu a fatia com a massa pra cima e o recheio pra baixo. Foi aí que eu tentei interferir:

― Cara, pode deixar que a gente se serve!

― Não posso, são a regras da casa. Eu tenho que servir. Quem quer pizza? ― disse o bom moço.

― Como assim? Eu comprei a pizza e eu quero me servir.

― Eu é que tenho que servir vocês, são as regras da casa. Quatro queijos, alguém? ― com um tom de voz robótico, de telemarketing.

― Não, estamos todos satisfeitos. Pode largar a pizza aí.

Ele colocou o prato na mesa com a cara de que não entendeu o que estava acontecendo. Me servi, comi e nunca mais voltei.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Business Time

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Entra se tu é bem macho!

O Bruno Natal tem feito um intensivo de como perder negócios. Nos textos ele relata suas experiências com operadoras de telefonia e TV a cabo. Sendo sincero, ficarei chocado no dia em que qualquer uma dessas prestadoras de serviço não aja assim. Pra não chutar cachorro morto, quero falar de uma loja conhecida dos gaúchos, a Multisom. Em plena crise da indústria fonográfica os atendentes da loja recebem um manual de regras:

1. Toda vez que um cliente põe os pés na loja ele deve ser recebido com um saudoso "que tu quer?"

2. Mesmo depois de ouvir o tradicional "só estou olhando" o vendedor deve oferecer produtos aleatoriamente.

3. Nenhum dos vendedores tem o direito de saber de música.

4. Você não precisa da venda, o consumidor é que precisa de você.

5. Cliente com vale-presente deve ser tratado como cachorro.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

On TV.

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Muita coisa mudou na TV desde os anos noventa. De lá pra cá o programa Supermarket, com o Ricardo Côrte Real, parou de ser produzido e a TV a cabo tomou conta lá de casa. Com mais de dez anos de assinatura, de NET e SKY, ainda reclamo das reprises, da quantidade de intervalos comerciais e das produções nacionais de baixo orçamento. No final de semana, assisti dois programas e tive duas impressões diferentes.

No Rio Ink o pessoal da Banzai Tattoo emula o Miami Ink em terra Tupiniquim. O que deixa a desejar na versão carioca é o roteiro. Quando assisto a esse tipo de reality show me preparo para todos os tipos de armação, o problema é que esses caras passam dos limites. Já no primeiro capítulo um dos tatuadores tem um affair com uma modelo ultra-gostosa. Ela vai no estúdio, tatua uma borboleta minúscula e começa a correr atrás do sujeito. Mais adolescente impossível. Outro ponto negativo é o apelo emocional que os caras dão ao programa. Todas as tatuagens tem como tema a perda de um familiar do cliente. Isso sempre acaba com trilha sonora triste e choradeira. O saldo, ao fim de uma hora de programa, é de duas borboletas, duas choradeiras e o Tico Santa Cruz sendo tatuado. Não falo sobre o nível técnico dos caras, que parece bom, mas infelizmente isso é o que menos apareceu.

Precisei de quatro episódios de Lugar Incomum pra admitir que gosto de um programa apresentado pela Didi. Nele a antiga VJ da MTV busca os lugares mais inusitados de Nova Iorque. Mais que um passeio, a série mistura cultura com variedades de uma maneira interessante. Seja conversando com um representante da cena Off Broadway ou buscando a melhor pizza do Brooklyn, o negócio é desvendar a capital do mundo. Depois de uma entrevista com um cara que ganha a vida buscando e lançando bandas independentes ficou impossível não ter vontade de conhecer os EUA. Que Obama nos ajude!

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Ch-Ch-Changes.

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quarta-feira, 29 de outubro de 2008

O velho conceito.

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Dizem que depois de um bom anúncio sempre surge a sensação de como eu não pensei nisso antes. Não é de hoje que faltam livros relevantes que abordem criação publicitária como tema. Por isso, quando o Romeu surgiu com o The Advertising Concept Book, fiquei com a mesma sensação de encontrar um bom anúncio.

Um dos problemas comuns nesse tipo de publicação é o currículo do autor, que normalmente passou a vida toda lecionando e não teve tempo de trabalhar em agências. Com Pete Barry é diferente, além do currículo acadêmico, o autor leva alguns leões e clios na mochila.

Na introdução o cara descreve o conteúdo. Ele não tem como objetivo ditar regras ou criar fórmulas, mas sim analisar como surge uma grande campanha. Se prende também a explicar as vantages de um anúncio que leva um conceito e para isso relata discussões que teve com clientes e alunos. Ao longo do livro as peças são apresentadas em forma de rafe. Segundo Barry, só assim podemos estar isentos para divagar sobre o conceito, já que a direção de arte pode beneficiar ou destruir uma idéia.

Desde a primeira página fica claro que é o complemento ideal para uma estante recheada de anuários.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Conexão Alemanha-Jamaica

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A Jazzbo fará única apresentação em Porto Alegre nesta quinta-feira, dia 30 de outubro. Fundada em Berlim, no já longínquo ano de 1997, os caras fazem um revival do ska/jazz feito nos anos sessenta. Mesmo não conhecendo o estilo e sua história, meu gosto por Thelonious Monk e The Specials me fizeram apreciar, e muito, o EP promocional que recebi. Impressiona como os dois estilos funcionam perfeitamente juntos. É difícil saber se a Jazzbo é uma banda de jazz tentando tocar ska ou o contrário. O show, além de uma puta experiência, é a oportunidade de ver uma dupla de sopro formada em New Orleans.

Serviço
Jazzbo
30/10 - Quinta-feira
Porão do Beco - Av. Independência 936
Valor: R$15,00 os 100 primeiros, R$20,00 o restante.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

De virada.

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Sim, de novo a mesma foto.


Não levei fé quando me informaram que representaria a RBA no Madrugadão Feevale. Pra ser sincero, pensei que seria um baita programa de índio. E, contrariando o Barão de Itararé, da onde eu menos esperei, veio muito.

Pra quem não sabe, o Madrugadão é um desafio que reúne sete equipes de diferentes universidades gaúchas. Os estudantes tem doze horas para criar e produzir uma campanha para um cliente real. Esse ano a Lojinha da Asbem, uma loja que vende produtos confeccionados por jovens carentes, foi escolhida.

Tenho que elogiar a organização do evento. Mesmo sem conhecer o primeiro Madrugadão, tive a impressão que os patrocinadores fizeram essa edição crescer. Quem lucrou com isso foram as sete instituições que usufruíram de acomodações cinco estrelas. Diversas vezes brinquei com o grupo, para mim a Feevale estava acostumando mal os estudantes, eles não devem esperar lanchinhos de hora em hora quando for preciso virar a noite em uma agência. Resumindo, a organização chamou a responsa e fez bonito.

O fato que me deixou triste foi a ausência de um criativo no júri. Apesar disso, a universidade vencedora foi uma das três que mais piraram na hora de criar. O que me decepcionou, e serve de alerta para os professores, é que as outras equipes estavam tão focadas em planejar que não conseguiram pensar em algo surpreendente. Embora tivessem peças bonitas, deixaram o lado racional falar mais alto. É bom saber dosar.

No mais deixo aqui meu agradecimento aos afilhados da Ulbra. Que optaram pela idéia mais ousada do brain, assumiram riscos e não foram nenhum pouco bunda-moles.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Rédifonis.

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É comum escutar a frase "nada dura para sempre" confortando alguém que perdeu um amor. Atualmente ela conforta minhas constantes perdas de fone de ouvido. É batata, de seis em seis meses eu me dirijo ao shopping na busca de um modelo que dure um pouco mais. Já experimentei diversos fones e os melhores são os gigantes, que tapam as orelhas. Eles agüentam o tranco e possuem uma ótima qualidade de som, o problema é que pega mal sair com aquele trambolho na rua. Além disso, é bom advertir que algumas mulheres podem ficar parecidas com a Princesa Leia ao vestir o equipamento. Os piores, mas necessários, são os portáteis. Esses não resistem a um puxão mais forte no fio e aos poucos vão se desmantelando. É o caso do fone que veio com o iPod, mas de uma hora pra outra desmanchou na minha mão.

Ainda assim, vou às compras com a ilusão que voltarei tendo comprado algo para a vida toda.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Antes tarde.

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Quem se liga em música e tem o hábito saudável de ir atrás de velharias, sabe que volta e meia a casa cai. Semana passada um edifício tombou quando conheci o Nelson Cavaquinho. As letras tristes, que abordam a morte e o amor, são cantadas por uma voz de timbre bêbado arrastado inconfundível. O arranjo, que leva flauta transversal, cuíca e vocais femininos, remete ao samba de Cartola, dono do bar onde Nelson começou a tocar. Outro tema recorrente é a verde e rosa, é nesse momento que surge aquela vontade de tirar férias no Rio.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Oro de La Plata

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O Un Millón de Euros, da El Mató a un Policia Motorizado, é o disco que mais tem tocado no meus fones. Diferente de (quase) todas bandas da Argentina, eles não se baseiam em apenas uma referência para fazer rock. Impressiona como os caras, embora novos, já tenha construído uma identidade sonora. A mistura de uma linha vocal repetida como um mantra e riffs de guitarras, que vão da melodia a sujeira, fazem a música crescer lentamente, até um ponto que é impossível não bater cabeça. No final do EP, fica a vontade de escutar um pouco mais. Que venha o primeiro disco!

Aqui tem uma entrevista que o Túlio fez com o vocalista da banda: http://aires-buenos.blogspot.com/2008/08/especial-rock-argentino-2-el-mat-un.html

domingo, 12 de outubro de 2008

El cholo.

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- Guiña, puedo sacar una foto con vos?
- Dale!

sábado, 11 de outubro de 2008

Corredores

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Tive o prazer de escrever sobre Buenos Aires para o blog da Nike. O texto é uma sugestão de roteiro dedicado a quem vai fazer um bate e volta para participar da maratona internacional, que acontece no domingo, e tem pouco tempo para aproveitar a cidade. Também vale para todos que estão afim de fazer um passeio curto e querem ver mais do que obelisco. Passa lá: nikecorre.com.br.

(Sobre a foto: desculpem o trocadilho, às vezes eu não me agüento)

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Férias

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quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Adesivo

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terça-feira, 23 de setembro de 2008

Novo Hamburgo Facts

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Copiei o Túlio na cara dura e aí estão os fatos marcantes desta cidade vital que é Novo Hamburgo.

Novo Hamburgo Facts nº 01
A cidade pagou pelo monumento que está na foto aí em cima.

Novo Hamburgo Facts nº 02

O último show de rock que aconteceu na cidade foi o do Raimundos, pela turnê de Só no forevis, em 2000.

Novo Hamburgo Facts nº 03
A confeitaria Bier é o reduto da alta sociedade. Lá é possível pagar R$2,00 por um Toddynho.

Novo Hamburgo Facts nº 04
62% da população anda com sua BMW 92. Ela é o último resquício dos tempos áureos do calçado.

Novo Hamburgo Facts nº 05
96% da população vê a política implantada na Alemanha entre 1933 e 1945 como modelo a ser seguido. Coincidentemente essa mesma fatia torce para o time de camisa listrada.

Novo Hamburgo Facts nº 06
Novo Hamburgo está a 40 minutos de Porto Alegre.
Porto Alegre está a 1 milhão de anos luz de Novo Hamburgo.

Novo Hamburgo Facts nº 07
51% da população tem um grau de parentesco com esse cara.

Novo Hamburgo Facts nº 08
Embora seja colonizada por alemães, Novo Hamburgo não possui um restaurante especializado em comida típica desse povo.

Novo Hamburgo Facts nº 09
Conta a lenda que o Zé do Caixão produziu uma fita de faroeste aqui.

Novo Hamburgo Facts nº 10
A lanchonete King's Kão é, merecidamente, o maior ponto turístico da cidade.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Olê, olê.

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Em tempos de jovens investidores e crise internacional, proponho a criação de uma torcida organizada para a Bovespa. A idéia é explorar a nossa brasilidade para animar a venda de ações e, assim, aquecer o mercado. No meio do tumulto de compra e venda teremos a Camisa 1.2%, uma torcida que bebe e canta para que a cotação de nossas ações subam. Já tenho até um dos cânticos:

Olê, olê, olê
Olê, olê, olê, olá
Olê, olê, olê
Cada dia eu lucro mais
Sou, sou Bovespa
Esse investimento
Não pode parar

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Bênção da estrela.

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Até os treze meus pais me presenteavam com a assinatura de uma revista pelo período de um ano. Por um tempo assinei a Turma da Mônica e depois troquei para a Placar. Atualmente, trabalhando em uma agência, tenho acesso a dezenas de publicações. Além disso, assino centenas de feeds que fazem meu google reader pipocar a cada segundo quando uma nova notícia chega. Não se pode ler tudo e é por isso que considero o ítens com estrela a maior invenção do google. Com ele eu evito aquela sensação de estar deixando algo relevante para trás. Não que no futuro eu vá destinar meu tempo a todas aquelas leituras. Na verdade devo consumir 15% do que está naquela pasta. O que resta são matérias com prazo de validade, que não serão interessantes daqui a duas horas. Como é duro jogá-las fora, dá-lhe estrela. E ela vai parar em uma pasta que mais parece o asilo da informação.

domingo, 14 de setembro de 2008

Distante, mas não muito.

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Da esquerda pra direita: Ely, Borjão, Mauro, Jajá e Ademir.

Após a derrota de 4x1 para El Salvador, começaram a surgir dúvidas sobre a seleção brasileira.

Em 1948, o Chile era considerado uma potência do futebol e sem demora o povo pôs a culpa pelos maus resultados no dinheiro vindo dos Andes. Com a aproximação da Copa América, os jornais pediam o afastamento do técnico Flávio Costa. Os dirigentes não acataram.

No Rio, a um mês da estréia, era possível ver o pessimismo estampado na cara de cada cidadão que caminhava pelo Leblon. A seleção tinha mudado pouco desde a derrota para El Salvador. Tendo o Brasil como sede, o que preocupava era o vexame em nossa própria casa, diante da nossa torcida. Os ânimos se exaltaram tanto que o presidente José Linhares, torcedor fanático do Ferroviário, resolveu interferir: ou o time mudava, ou ele proibiria que o evento acontecesse em terras tupiniquins.

No dia 17 de março de 1949, Flávio Costa convocou o centroavante Borjão, um completo desconhecido. Meia hora após o anúncio um frenesi tomou conta das rádios. As pessoas não acreditavam que aquilo poderia estar acontecendo. Onde já se viu um jogador sair direto dos campos de várzea do Bangu para uma Copa América?

A decisão estava tomada e o prazo de inscrição havia terminado. Borjão, centroavante de futebol gracioso, como se referiam seus adversários de várzea, representaria o povo. Nas entrevistas seu tom assustado não deixava dúvida, nem ele sabia o que estava fazendo ali. O próprio jogador admitia que não via a hora daquilo tudo acabar, não queria deixar o pessoal do futebol de sábado na mão.

Não demorou até o dia da estréia contra o Equador. Quem foi ao São Januário no dia 3 de abril viu a equipe adversária abrindo o marcador aos 21 minutos do primeiro tempo. O jogo era ruim pra seleção canarinho e foi aí que Costa chamou Borjão, o representante do povo. Sem nenhum ritual e com a camisa 14, o centroavante varzeano de 1 metro e 72 centímetros entrou em campo. Logo aos 24 minutos, deu um toque de classe para que Jair empatasse para o Brasil. Com sua objetividade Borjão cativou a torcida e não demorou para que a seleção ampliasse o marcador. Embora não possuísse o cacoete de finalizador, naquele dia ele descobriu uma afinidade imensa com Jajá, que marcou sete dos nove gols. Brasil 9, Equador 1.

Os cariocas ficaram atônitos. Ninguém nunca imaginaria que uma loucura com essa poderia funcionar. O presidente aproveitou o fato para se promover, para ele o centroavante era o exemplo do brasileiro comum. Linhares acreditava que cada trabalhador tinha um pouco de Borjão dentro de si. E isso iria mudar o país.

Os dias que seguiram foram de espetáculo. Com Borjão a seleção encantava e foi assim até a final, uma goleada de 7 a 0 em cima do Paraguai, em um jogo disputado no campo do Vasco da Gama. O jogo também marcou o fim da parceria entre uma das melhores duplas de ataque que o país já viu. Tudo isso porque Borjão, o representante do povo brasileiro, abandonaria o futebol para continuar sua vida de atendente no secos e molhados do seu tio.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Na madrugada.

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Duas fatias de pizza de aceitona com gorgonzola me fizeram descobrir a triste realidade da TV brasileira. Ao acordar às 4h51 da manhã, com uma sede de maratonista, deixei a Sky de lado: queria assistir a programação dos canais abertos. Cinco minutos foram suficientes para perceber que os tempos são outros. Nada de pornochanchada, venda de processadores de alimento ou orquestras sinfônicas alemãs. A melhor arma do vigia foi ocupada pelos religiosos. Antes, além de livrar do tédio, a companhia tosca servia para dar boas risadas. Hoje essa classe não tem para onde fugir, o único lugar seguro são a velharias do Corujão. Por isso, ao flagrar seu porteiro dormindo, pense duas vezes antes de acordá-lo.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Por um mundo mais uruguaio.

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O layout é do Minwer. O manifesto do Alberto. O primeiro texto do Angelo. A idéia eu não sei de quem é, mas tem uma cambada de gente envolvida. Acaba de nascer o Mundo Bunda-Mole. Um blog pra encher de osso aqueles que acreditam que a evolução está ligada a caretice.

Nota: Vamos ver se a Fox não nos processa por utilizar a imagem do Ned Flanders sem autorização.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Nunca errado, mas sempre em dúvida.

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A minha faculdade esta perdida, literalmente sem rumo. Percebo que o foco dado a um curso de comunicação está fadado ao fracasso. E o pior é que ela não está sozinha, tem muita instituição seguindo o mesmo caminho.

Alguns defendem que esse ambiente deve proporcionar ao aluno experiências reais, que preparam para o mercado de trabalho. Depois de 7 anos, cursando publicidade e propaganda, não tenho um trabalho no meu portfolio que fora concebido em aula. A disciplina como nome de campanhas não resultou em nada. Quem tirou nota máxima criou um manual de identidade visual. Um trabalho que poderia ter sido feito por alunos do quinto semestre de design. Não houve posicionamento da marca. Se falou em marketing, mas não pensamos em comunicação. Aí fica claro, profissional de comunicação não tem tempo para um mestrado. Quem tem mestrado não tem tempo de ser profissional. Então porque insistir em um curso profissionalizante que não conta com exemplos reais?

Pra abalar essa estrutura surgem as escolas técnicas feitas pelos próprios profissionais. Nada mais justo, se não pode ensinar em uma universidade que abra seu próprio negócio. E não é a toa que isso tem dado certo. A academia deveria servir de base. Deveria discutir a teoria, o processo de comunicação. Mais sociologia, filosofia, semiótica e teoria da comunicação. Menos mestres que nunca pisaram em uma agência ensinando a fazer um spot de trinta segundos.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Valeu, brother.

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quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Total 90.

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Se esse cara não passa fome, não sou eu que vou passar.

Não quero que esse blogue vire o almanaque dos anos noventa, mas ontem relembrei do antigo comercial do Head & Shoulders estrelado pelo casal Glória Pires e Orlando Morais.

No filme, que tem formato de uma entrevista, a atriz conta um segredo de seu marido: ele tinha caspa. Depois desta introdução alguns segundos apresentam as características do produto. Já no final, Orlando mostra que sua desenvoltura para comédia é ainda menor do que para a música por incrível que pareça e solta a frase:

– Agora eu vou contar um segredo da Glorinha!

Glória Pires, com muita descontração, tapa o rosto do marido com uma almofada e impede que a revelação seja feita. O filme termina.

Ao longo dos anos criei hipóteses para o que a Glorinha esconde. Seria uma tara por chimpanzés, uma espécie rara de HIV ou o fiasco na festa de final de ano da Globo? Até hoje, nenhuma delas foi confirmada.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Sobre os antiquários.

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Por meados dos anos noventa, a Coca-Cola lançou uma réplica da sua tradicional garrafa na cor prata. Se minha memória não falha, com cinco reais e algumas tampinhas era possível adquirir o ítem, que em poucos dias virou o objeto de consumo mais cobiçado pelas crianças da minha escola. Encontro a tal garrafa sempre que vou a um brique e, normalmente, o preço desta relíquia noventista beira vinte ou trinta reais.

Pela manhã, comentei com alguns colegas sobre a valorização do almanaque olímpico encartado na Zero Hora de hoje. Daqui a cem anos este livreto, impresso em papel jornal, que vale menos de um real, estará nas mãos de um antiquarista. Ele protagonizará um drama envolvendo o profissional e um pobre cliente.

Aqui na agência, consideramos que nenhum de nós terá condições de guardar qualquer tipo de objeto que remeta à olimpíada de Pequim. Isto porque o tempo se encarregaria de coloca-los frente a frente com sua pior inimiga: uma mãe.

As mães estão para os antiquários como o petróleo está para indústria automotiva. Elas são o combústivel que move este segmento. Sem elas, não haveria porque pagar por uma viseira do Ursinho Misha ou por uma garrafa prata de Coca-Cola. Certamente existe motivos para uma mãe descartar os bens de seu filho, talvez esta atitude não seja exclusividade de nossa espécie, os pandas podem ter hábitos semelhantes. Eu só não entendo por quê.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Kramer vs. Warriors

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Assistir em seqüencia dois filmes rodados em Nova Iorque, no ano de 1979, me fez contemplar duas perspectivas diferentes. No primeiro, Ted Kramer, publicitário workaholic, é abandonado pela mulher e precisa escolher entre a profissão e o filho. No segundo, os Warriors são falsamente acusados de cometer um atentado contra Cyrus, uma espécie de Messias que prentendia unir todas as gangues da cidade. A salvação de Ted é optar por um estilo de vida que não exija tantos recursos financeiros. O bando necessita voltar para Coney Island, bairro onde vivem, antes de serem encontrados pelos rivais. A história do publicitário nos indica que a vida é uma questão de posionamento em relação as nossas prioridades. A epopéia da gangue injustiçada nos leva a crer em um porto seguro. Um filme apresenta o estilo de vida nova-iorquino proposto para um mundo dividido entre o capitalismo e o socialismo. O outro faz de um problema social uma grande aventura. Ambos mostram que uma longa jornada é feita de perdas, seja do cargo ocupado ou do líder do grupo. No final tudo dá certo.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Quem lê tanta notícia?

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O auxílio do google reader me permitiu assinar os feeds de um bocado de blogs. Dessa forma recebo e consumo o dobro de informação que estava acostumado. Diferente de uma revista, na qual teria que desembolsar muita grana pra assinar tantas, os feeds vem de graça. Isso significa informação chegando o tempo todo. O problema é que na maioria das vezes elas se repetem, um blog retira a notícia de outro e o efeito dominó começa. Pude contar o skate do Martin Mcfly, que está aí em cima, em no mínimo cinco fontes diferentes e nenhum agregava mais informações sobre o leilão, que está sendo gerenciado pelo eBay. Sinto que o jornalismo virtual vive uma época onde é mais importante noticiar primeiro do que ter relevância. Tomara que mude.

Chora, Ferris!

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Cape Cod Kwassa Kwassa


Tá aí uma banda que me faz suportar o já batido revival dos anos 80. Na realidade, seria bem legal se esse clipe encerrasse as homenagens a uma década que nem deveria ser lembrada.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Aonde fica a música brasileira?

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Wado, cadê a grana?

Cheguei a conclusão que o artista brasileiro está parado e espera para que lá fora se defina o futuro da indústria fonográfica. Acredito que a classe concorda que ser independente vale a pena, mas ainda não se descobriu como fazer dinheiro com isso.

Enquanto aguardamos uma decisão, uma penca de novos músicos lançam novos discos que vão parar em lugar algum.

Cada vez é mais difícil comprar música, seja pelo preço inviável ou pelo modo exquisito da venda. A alguns meses fui atrás do Dois, lançamento da Tom Bloch, naquela época só era possível baixar os arquivos do site da banda, e para isso precisávamos desembolsar 15 reais. Um absurdo, já que o único custo que a gravadora tem é em um servidor disponível, imagina comparar isso a fabricação de um CD, com encarte e tudo mais?

Outro dia me dei conta que ainda não tinha escutado o novo do Wander, que tem a produção do Kassin. Busquei em algumas lojas virtuais e encontrei somente os antigos a venda na amazon (!).

A essa altura já tinha apelado para o torrent e o emule para conseguir alguma dessas duas gravações, o que deu em nada. Aí aparece o Wado e vou direto para o blogsearch do google ― sempre ele ― o que parecia uma solução. Dito e feito, só que com um porém, ali descubro que o Wado disponibiliza de graça, em seu próprio domínio, todos os seus trabalhos. Pra não passar em branco, o blogsearch me ajuda a encontrar umas pérolas da nova música nacional. Tudo resolvido.

Mas fica a pergunta: o Wado tá vivendo na miséria ou são os músicos brasileiros que não aceitam perder um pouco do lucro?

terça-feira, 29 de julho de 2008

Obama lá.

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Barack Obama será o novo presidente dos Estados Unidos.

Depois das prévias, que resultaram na vitória dele sobre Hillary Clinton, custei a acreditar que um democrata poderia vencer essas eleições, mas finalmente caiu a ficha.

Tendo em vista que nos Estados Unidos a disputa eleitoral não acontece de maneira direta e que o voto das regiões ricas valem mais do que a das pobres, é difícil imaginar aquele país elegendo um canditado negro, filho de um muçulmano, seja pelos rednecks texanos ou pela multidão que votou em Bush.

Acontece que Barack Obama é um fenômeno pop mundial. Assistindo de fora, sinto que Obama vai além da candidatura de Al Gore, em 2004. Ele não se contenta em se cercar de artistas que o apoiam, ele virou o artista principal. Nas entrevistas vale citar o bom gosto para literatura e música. Ao falar dos planos de governo não chega a ser radical e parece agradar até os republicanos, já que seu principal foco é os Estados Unidos da América. Assunto que me preocupa, já que na brecha deixada por George Bush, ao dar mais importância as guerras e picuinhas pessoais do que resolver a crise americana, é que alguns aspectos da economia brasileira conseguiam se destacar.

O fato é que depois de ser muito criticado por não ter fé na vitória de Barack Obama estou dando o braço a torcer: os Estados Unidos terão o presidente mais cool da década, com o perdão da palavra.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Keep On Rocking!

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O vídeo aí em cima foi enviado pelo Mauro Silva. Se trata do Flashrock 2008, ação criada por ele e seus colegas de Globalcomm para a Converse. Este ano o evento tomou nova proporção. Para comemorar o Dia do Rock, ele saiu de Porto Alegre e rumou à Rua Augusta, em São Paulo. Em vez de várias bandas, como em 2007, houve apenas o Lobão. A grande diferença da edição paulista foi a interação das pessoas, que circulavam pela rua, com a banda ― algo impossível na gaúcha graças ao frio e a chuva. Isso fez com que a ação passasse de um viral de internet para um acontecimento real, que vai ser lembrado por todos que estiveram presentes e ainda assim rende os comentários virtuais. Aposto que o resultado da ação será maior que o do ano passado, mas não posso deixar de registrar que enfrentar o inverno gaudério para tocar foi uma atitude muito rock 'n' roll.

Também queria escrever sobre os comentários que li no site da Converse. Tem alguns puristas que acusam a ação de ser apenas uma estrátegia de marketing, algo para vender. Não dá pra aceitar que em pleno século XXI as pessoas ainda acreditem que rock é apenas sexo e drogas.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Listas.

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Normalmente não curto listas que tentam identificar os melhores entre a música, literatura ou cinema. Isso porque elas tendem a ser polêmicas, o que é chato e não leva a lugar algum. Porém, ao tentar diagnosticar quais são as minhas canções favoritas dos Fab Four, um exercício proposto pelo Sr. Ourique, pude tirar um saldo positivo de algo que me recuso a fazer desde sempre. Depois de eleger as melhores canções dos Beatles fiquei pensando: existe uma lista mais difícil de ser feita do que a dos Beatles?

Conclui que analisar o que Stanley Kubrick fez no cinema é equivalente a analisar o que os caras de Liverpool fizeram na música. E porque isso? Certamente não é pelos sucessos produzidos em série, e sim pelo perfeccionismo dos filmes dirigidos por ele. Pra mim a grande dificuldade não está em escolher os filmes, mas em dispor eles na ordem de preferência. Deixo claro que embora não tenha assistido toda a filmografia do diretor, conheço boa parte dela. Sendo assim, segue a lista dos três primeiros colocados, com uma breve explicação:

3. O Iluminado (1980)











Em todos filmes de Stanley Kubrick existe uma lacuna exigindo que o espectador a preencha. Ele propõe novas interpretações e enxerga que uma obra só está completa depois disso. Dessa forma, é lamentável que um escritor como o Stephen King não aprove o olhar do diretor sobre o seu livro. Não é somente as múltiplas intepretações que diferenciam O Iluminado de um filme de terror e suspense comum. Destacam-se a montagem lenta, que remete a monotonia vivida pelos personagens. As locações enormes, sendo preenchidas por apenas uma, duas ou três pessoas. A trilha sonora que varia ao extremo. A atuação de Jack Nicholson, que está em sua melhor fase. Tudo isso faz o filme ser um grande clássico que ocupa a terceira posição da lista.

2. Dr. Fantástico ou Como Aprendi a Parar de Me Preocupar e Amar a Bomba (1964)














Peter Sellers atuando em um filme de Stanley Kubrick. Esta frase poderia justificar a escolha, mas não paro por aí. A maneira cômica como a bola da vez, a bomba-atômica, foi abordada faz deste filme uma obra-prima. Sellers interpreta três loucos responsáveis pela segurança de seu país. O engraçado é que as metáforas utilizadas por Kubrick na época continuam valendo para os dias de hoje. É fácil identificar semelhanças entre os políticos que habitam a war room com os que governam nosso país. Torço para que o final do filme não se repita conosco.

1. 2001: Uma Odisséia no Espaço (1968)











Nenhum filme instiga tanto. Com pouco mais de 30 minutos de diálogo e 160 minutos de imagens, 2001 é aula de cinema. Avalio de maneira diferente. Não é um filme pra ser visto a qualquer hora, requer um momento especial, até porque depois de assisti-lo, é impossível parar de pensar a respeito de cada detalhe e seus significados.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Quer trabalhar em casa?

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Se interessa por tarefas mecânicas? Cansou de socializar? Tem contas para pagar e quer descolar uma grana extra? Desistiu da profissão? Tem preguiça de pensar? Não quer discutir? Desaprendeu a aprender? Pensa em ganhar a vida fácil? Pensa pequeno? Acredita que dinheiro cai do céu? Quer usar calça de moleton 24 horas por dia? Se acha esperto? Não perde a sessão da tarde?

Porque esse tipo de anúncio aparece do lado de meu blog?

terça-feira, 15 de julho de 2008

Pra alegrar os viventes.

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São poucas as coisas que fazem a vida no Rio Grande do Sul valer a pena. Fora o Internacional e o Barranco, posso citar a erva-mate, versão pura folha, da Madrugada e a alpargata Rueda, de corda, como dois grandes benefícios do local.


Tenho que admitir, nunca dei tanto valor para o chimarrão. Estou viciado e chego a matear duas vezes por dia. Sobre a Madrugada, posso falar que é a erva mais amarga entre as concorrentes, desbancando até mesmo as vendidas a granel no mercado público de Porto Alegre. Tu encontra em alguns mercados, por menos de 5 pilas.


Ganhei um par de alpargatas no verão e estou aproveitando o calor fora de época para utilizá-las mais uma vez. O solado de corda, que é indispensável, é o cúmulo do conforto. Elas estão disponíveis nas melhores casas do ramo, por menos de 20 reais. Só não esqueça, embora alguns contestem, elas não são apropriadas para dias chuvosos.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Verde.

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Na semana passada participei de um ultra-micro-focus-group de El Novato, o curta do amigo Bruno Schmitz, uma co-produção Brasil-Argentina.

Posso dizer que avaliar o trabalho de um cara que começou a se interessar por cinema assistindo Coração Valente contigo, aos 13 anos de idade, não é nada fácil. Mesmo sendo um pouco tendecioso ― afinal, quem não é, Lerina? ― vou tentar expor minhas primeiras impressões sobre o filme, que ainda não foi finalizado.

O que mais chama atenção é a técnica. A película impressiona pelos planos e pela iluminação. Tive que engolir meu preconceito contra o formato digital, que por sinal parece uma excelente forma de viabilizar projetos. Outro ponto a favor da produção é a interpretação, já tinha escutado, e isso prova mais uma vez, que basta chutar uma pedra em Buenos Aires para encontrarmos um ator de futuro. No caso de El Novato, é possível ver o protagonista encarnando o próprio Bruno, seja pela interpretação ou pelo roteiro totalmente autoral.

Minhas considerações negativas são sobre a trilha que varia demais durante os poucos 20 minutos. Nada que destrua o filme, até porque entendo a quantidade de sons e timbres como exercícios feitos pelo diretor. Basta escolher um caminho entre muitos.

Na minha opinião, que ainda não amadureceu por completo, o filme já apresenta uma certa experiência do novato diretor. Espero que, em breve, esteja disponível no youtube.

Foto de Bruno Schmitz

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Muito além do skate.

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FGF Fotos

Transfer é uma mostra de cultura urbana que acontece até o final de setembro no Santander Cultural. Depois da visita de sábado, conversei com Lucas Ribeiro o Pexão um dos curadores da exposição. Em um papo pelo Messenger, ele conta as dificuldades de realizar um projeto como esse.

Quem são os responsáveis e quando surgiu a idéia de organizar Transfer?


A curadoria geral é minha, em conjunto com os curadores para eixos específicos da mostra. Com o Fabio Zimbres e o Alexandre Cruz, no eixo Mauditos, e o Christian Strike, no Beautiful Losers.
A idéia vem do trabalho com a galeria Adesivo, que tenho em sociedade com a amiga Ise Strottmann, mas ampliando bastante o conceito de arte urbana e tentando mostrar as complexidades e sutilezas desse universo.

Qual é a parte mais difícil na produção de uma mostra como essa?

A parte mais complicada foi juntar objetos que nunca foram reunidos, como obras e artefatos atuais, dos anos 80 e 90 ― shapes de skate, zines ― e lidar com um monte de artistas malucos.
Muitos não gostam um do outro, principalmente os que tem raiz no graffiti tradicional e que possuem um lado bem competitivo.

Tu concorda que Transfer está levando um público diferente ao Santander Cultural? Se sim, como é ser o responsável por isso?

Está sendo uma mostra bem popular. Acho que as pessoas se relacionam de uma maneira bem direta com o tipo de arte que estamos mostrando. Há uma aceitação, porque a estética está na rua, e existe curiosidade geral. Também tem muito a ver com design gráfico e com ilustração. É bem diferente do que se costuma ver em boa parte dos espaços de arte, onde predomina arte conceitual. Aqui temos arte figurativa, desenho, personagens…

Como tu imagina que os freqüentadores assíduos do museu reajam? Tu já teve algum retorno desse pessoal?

O público freqüentador é, principalmente, quem anda pelo centro e as escolas. Todos os dias vão ônibus e mais ônibus de crianças e adolescents. Isso é bem massa do Santander Cultural. O retorno é a melhor parte, tanto dos estudantes e de artistas consagrados, quanto de, sei lá, do prefeito.

Voltando a primeira questão, onde tu falou dos shapes oitentistas, vi muitas pessoas babando por eles, quem correu atrás desses objetos?

Este foi o principal motivo de eu chamar o Alexandre Cruz, o Sésper ― ou Farofa, como é conhecido no rock. Foi ele quem resgatou o trampo do Billy Argel, o cara que fez quase tudo que há de melhor na parte gráfica do skate brasileiro nos anos 80.

Por falar em Brasil, no teu ponto de vista, o que diferencia a cultura skate produzida nos EUA da brasileira hoje em dia?

Um contexto diferente. Nos EUA a maioria das marcas, mesmo as gigantes, tem donos skatistas. No Brasil ainda não é assim e isso se reflete na parte gráfica do skate. Mas nunca estivemos tão próximos dos EUA, e nunca, no Brasil, se deu tanto valor ao skate como cultura. Tanto que uma revista como a Vista Skateboard Art, onde trabalho, é viável.

Ao comparar os trabalhos dos americanos com o dos brasileiros, senti que a falta de recursos financeiros faz com que os artistas de nosso país se obriguem a criar uma forma diferente de se expressar. Tu acredita que isso agrega uma brasilidade às obras?

Sim, o material é uma das principais características da arte urbana brasileira, seja pelo látex ou pelo rolinho de espuma. A cultura popular nacional também influencia bastante. Por outro lado, vários artistas de Transfer poderíam ser de qualquer outro país de cultura ocidental, de grandes cidades.

Transfer possui alguns espaços onde existem obras escondidas. Ao refletir, cheguei a conclusão que isto força o espectador a buscar mensagens em lugares inesperados. Como surgiu essa idéia? Foi dos artistas ou dos curadores?

Me lembro do painel do Tinho, a idéia foi dele. No conceito geral, estamos mostrando uma produção que, dos zines aos muros, é acessível a todos, mas a maioria das pessoas não percebe ou nem sabe que existe.

Elas precisam buscar…

É, acho que Transfer está mudando a percepção das pessoas nesse sentido.

O que tu diria pra alguém com mais de 20 anos, que viu a exposição e ficou com vontade de subir em um skate pela primeira vez?

Olha, eu me divirto tanto andando de skate, andando mal! Só embalar pela rua já acho animal. Claro que recomendo! Tem tanta revista e vídeo legal pra se empolgar. Vídeos instrucionais como o Show Me The Way, lançado pela revista Transworld, ou o que a Matriz, de Porto Alegre, fez. Subir e descer calçadas de skate já faz o esforço valer a pena, mas claro, dá pra ir muito além.

TRANSFER
Local: Santander Cultural, Rua Sete de Setembro, 1028
Data: Até 28 de setembro de 2008
Horário: Segunda à sexta-feira das 10h00 às 19h00. Sábados, domingos e feriados das 11h00 às 19h00
Entrada franca

* Agradeço ao amigo, jornalista, compositor e advogado Marcelo Collar pela revisão.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Ou não.

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Com vinte e poucos já não tenho aquela sensação que a vida vai acabar a qualquer momento e o período de um ano passa bem mais depressa do que antigamente.

Embora tenha mudado minha relação com o tempo, a situação vivida pela senadora Íngrid Betancourt me chama mais atenção pelo isolamento do que pela violência dos guerrilheiros colombianos ― afinal tirar a liberdade de uma pessoa também é um espécie de violência.

Li na Zero Hora o depoimento de um prisioneiro que aponta os jornais, que raramente eram recebidos, como seu maior passatempo no cativeiro. Segundo ele, era preciso poupar a leitura, assim um par de linhas demoravam horas para serem lidas.

Quantas vezes por semana nos deparamos com momentos que exigem um pouco mais de paciência e aqueles quinze, trinta ou sessenta minutos parecem uma eternidade?

Não escrevo esse texto para comparar o nosso dia-a-dia com o de um refém da guerrilha. Não quero incentivar a filosofia do poderia ser pior ― aliás, são desrespeitosas as filas gigantesca nos bancos. Busco entender o valor da espera. Quem sabe ela sirva para nos questionar sobre a relevância do que faremos a seguir. Não é de hoje que lutamos contra o tédio. Em tempos de internet, videogame e celular talvez esses meios estejam nos roubando esse precioso tempo.

Será que não é apenas a quantidade de linhas para ler que diferencia nossa vida do cativeiro colombiano?

quarta-feira, 2 de julho de 2008

E agora, Pan?

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Com a lei seca nas estradas algumas perguntas começaram a pipocar no e-mail do ilustre blogueiro que vos escreve. A Marília Nascimento, de Cruzeiro do Sul, perguntou:

Se eu comer um bombom de licor antes de dirigir, posso ser presa?

R: Marília, não há porque se preocupar com isso, afinal não existe nenhuma pessoa com menos de 80 anos que consuma esse tipo de produto. Além disso, não sei como a Pan sobrevive depois que os cigarrinhos de chocolate foram proibidos.

Mudando o dia.

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Não é sempre que uma música, um disco ou uma banda mudam a nossa vida. Ainda bem, porque é impossível conhecer tudo o que está sendo produzido e isso faria com que muita música passasse batida por nós. Se você concorda com as primeiras linhas desse texto e tem o hábito de baixar e escutar lançamentos de músicos novos sabe o prazer que é conhecer em primeira mão um disco que vai entrar para história. No entanto, qual é importância dos álbuns que passaram e não mudaram a vida de ninguém? Já diria o sábio que mais vale o percurso do que a chegada. É por isso que o disco Konk, dos The Kooks, tem tocado tanto em meus fones de ouvido. Konk não muda vidas, mas pode mudar semanas ou quem sabe até meses. Já não basta?

terça-feira, 1 de julho de 2008

A vida acadêmica.

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Terrorista exibe um trabalho em grupo extorquido de uma de suas vítimas.

Existe uma coisa que mata mais que bala perdida no Rio e atentado terrorista no Iraque: os trabalhos em grupo. Realizadas em todo globo, por faculdades de ciências sociais à ciências humanas, essas atividades afetam a paciência de estudantes de maneira violenta. Embora não deixe sangue e miolos espalhados pelo chão, os trabalhos em grupo acabam com a vida de milhares todos os semestres. Para entender um pouco sobre esse fenômeno, cito alguns dos terroristas envolvidos:

O desligado - Esse terrorista finge estar interessado no trabalho, mas vai fazer de tudo pra não mexer um fio de cabelo para conseguir uma nota.

O mal-intencionado - Ele não pretende levar o grupo nas costas e por isso prefere ficar em recuperação a ter que fazer o trabalho sozinho.

O malandro - É o perfil mais famoso no Brasil. Sua meta é não trabalhar por 6 meses e pra isso ele vai apelar pra truques sujos. Falar mal dos integrantes do grupo para o professor enquanto coça o saco é uma delas.

O falastrão - Trabalhar cansa, então é mais fácil usar das relações sociais para atingir sucesso na disciplina. Para conquistar o professor ele vai usar de papos de elevador. Clima, futebol e novela serão seus principais assuntos. Pode apostar que funciona.

• A vítima - Serão colocadas em suas costas as tarefas de 4 ou mais pessoas. Aí é dar adeus a reuniões entre amigos, festas, shows e o que for.

Esse pequeno guia pode, e deve, ser utilizado em todo o começo de semestre. Porém, precisamos lembrar que todas as classes citadas acima são soldados de um único fanático, o professor de universidade.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Pra fechar a semana.

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O rock tava precisando do Fratellis. Escuto essas músicas faz uma semana. Nada é muito novo, mas tem distorção, bons riffs e belas linhas de vocal. Não é isso que importa?

Esses vídeos foram retirados do programa do Jools Holland, certamente o melhor programa na categoria música ao vivo.

O especialista.

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O Freelance Switch é uma comunidade internacional dedicada a divulgar referências de design e oportunidades de emprego, além de discutir assuntos relacionados a essa área.

Lá eu encontrei uma matéria que aborda as vantagens e desvantagens de ser um designer generalista, que possui um conhecimento limitado sobre diversos assuntos, ou especialista, que se aprofunda em uma área de interesse.

As conclusões, que para mim servem de parâmetro para outras profissões, freelancers ou não, dizem que o generalistas se encaixam facilmente em qualquer equipe e não sofrem tanto com as mudanças de mercado. Isso porque, com diferentes tipos de conhecimento, ele desenvolve um projeto gráfico de um livro assim como programa um website. O lado negativo é que esse trabalho nunca terá um resultado tão bom quanto o feito por um especialista. Dessa forma será impossível trabalhar em projetos específicos, normalmente exigidos por grandes empresas, e por isso seus ganhos serão menores.

Essa matéria se embasa em uma realidade diferente da vivida pelo mercado no qual estou inserido ― já era hora de puxar a brasa pro meu assado ― e isso me fez refletir sobre uma questão: será que existe espaço para profissionais especialistas no Brasil?

Posso contar nos dedos os casos de sucesso que conheço, mesmo assim observo muitos especialistas brigando por um espaço em nosso mercado. Entre os corajosos estão o pessoal do marketing político, direto, promocional, aqueles que trabalham somente com moda e outros com varejo. Não tenho vergonha de dizer que torço para o time dos especialistas e para que esse texto comece a fazer mais sentido no Brasil. Porém, acredito que estamos longe de usufruir o verdadeiro potencial de cada profissional de comunicação. Espero ver o dia em que os departamentos de marketing, de pequenas e médias empresas, saibam valorizar e utilizar esses serviços.