segunda-feira, 10 de novembro de 2008

On TV.

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Muita coisa mudou na TV desde os anos noventa. De lá pra cá o programa Supermarket, com o Ricardo Côrte Real, parou de ser produzido e a TV a cabo tomou conta lá de casa. Com mais de dez anos de assinatura, de NET e SKY, ainda reclamo das reprises, da quantidade de intervalos comerciais e das produções nacionais de baixo orçamento. No final de semana, assisti dois programas e tive duas impressões diferentes.

No Rio Ink o pessoal da Banzai Tattoo emula o Miami Ink em terra Tupiniquim. O que deixa a desejar na versão carioca é o roteiro. Quando assisto a esse tipo de reality show me preparo para todos os tipos de armação, o problema é que esses caras passam dos limites. Já no primeiro capítulo um dos tatuadores tem um affair com uma modelo ultra-gostosa. Ela vai no estúdio, tatua uma borboleta minúscula e começa a correr atrás do sujeito. Mais adolescente impossível. Outro ponto negativo é o apelo emocional que os caras dão ao programa. Todas as tatuagens tem como tema a perda de um familiar do cliente. Isso sempre acaba com trilha sonora triste e choradeira. O saldo, ao fim de uma hora de programa, é de duas borboletas, duas choradeiras e o Tico Santa Cruz sendo tatuado. Não falo sobre o nível técnico dos caras, que parece bom, mas infelizmente isso é o que menos apareceu.

Precisei de quatro episódios de Lugar Incomum pra admitir que gosto de um programa apresentado pela Didi. Nele a antiga VJ da MTV busca os lugares mais inusitados de Nova Iorque. Mais que um passeio, a série mistura cultura com variedades de uma maneira interessante. Seja conversando com um representante da cena Off Broadway ou buscando a melhor pizza do Brooklyn, o negócio é desvendar a capital do mundo. Depois de uma entrevista com um cara que ganha a vida buscando e lançando bandas independentes ficou impossível não ter vontade de conhecer os EUA. Que Obama nos ajude!

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