quarta-feira, 29 de outubro de 2008

O velho conceito.

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Dizem que depois de um bom anúncio sempre surge a sensação de como eu não pensei nisso antes. Não é de hoje que faltam livros relevantes que abordem criação publicitária como tema. Por isso, quando o Romeu surgiu com o The Advertising Concept Book, fiquei com a mesma sensação de encontrar um bom anúncio.

Um dos problemas comuns nesse tipo de publicação é o currículo do autor, que normalmente passou a vida toda lecionando e não teve tempo de trabalhar em agências. Com Pete Barry é diferente, além do currículo acadêmico, o autor leva alguns leões e clios na mochila.

Na introdução o cara descreve o conteúdo. Ele não tem como objetivo ditar regras ou criar fórmulas, mas sim analisar como surge uma grande campanha. Se prende também a explicar as vantages de um anúncio que leva um conceito e para isso relata discussões que teve com clientes e alunos. Ao longo do livro as peças são apresentadas em forma de rafe. Segundo Barry, só assim podemos estar isentos para divagar sobre o conceito, já que a direção de arte pode beneficiar ou destruir uma idéia.

Desde a primeira página fica claro que é o complemento ideal para uma estante recheada de anuários.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Conexão Alemanha-Jamaica

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A Jazzbo fará única apresentação em Porto Alegre nesta quinta-feira, dia 30 de outubro. Fundada em Berlim, no já longínquo ano de 1997, os caras fazem um revival do ska/jazz feito nos anos sessenta. Mesmo não conhecendo o estilo e sua história, meu gosto por Thelonious Monk e The Specials me fizeram apreciar, e muito, o EP promocional que recebi. Impressiona como os dois estilos funcionam perfeitamente juntos. É difícil saber se a Jazzbo é uma banda de jazz tentando tocar ska ou o contrário. O show, além de uma puta experiência, é a oportunidade de ver uma dupla de sopro formada em New Orleans.

Serviço
Jazzbo
30/10 - Quinta-feira
Porão do Beco - Av. Independência 936
Valor: R$15,00 os 100 primeiros, R$20,00 o restante.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

De virada.

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Sim, de novo a mesma foto.


Não levei fé quando me informaram que representaria a RBA no Madrugadão Feevale. Pra ser sincero, pensei que seria um baita programa de índio. E, contrariando o Barão de Itararé, da onde eu menos esperei, veio muito.

Pra quem não sabe, o Madrugadão é um desafio que reúne sete equipes de diferentes universidades gaúchas. Os estudantes tem doze horas para criar e produzir uma campanha para um cliente real. Esse ano a Lojinha da Asbem, uma loja que vende produtos confeccionados por jovens carentes, foi escolhida.

Tenho que elogiar a organização do evento. Mesmo sem conhecer o primeiro Madrugadão, tive a impressão que os patrocinadores fizeram essa edição crescer. Quem lucrou com isso foram as sete instituições que usufruíram de acomodações cinco estrelas. Diversas vezes brinquei com o grupo, para mim a Feevale estava acostumando mal os estudantes, eles não devem esperar lanchinhos de hora em hora quando for preciso virar a noite em uma agência. Resumindo, a organização chamou a responsa e fez bonito.

O fato que me deixou triste foi a ausência de um criativo no júri. Apesar disso, a universidade vencedora foi uma das três que mais piraram na hora de criar. O que me decepcionou, e serve de alerta para os professores, é que as outras equipes estavam tão focadas em planejar que não conseguiram pensar em algo surpreendente. Embora tivessem peças bonitas, deixaram o lado racional falar mais alto. É bom saber dosar.

No mais deixo aqui meu agradecimento aos afilhados da Ulbra. Que optaram pela idéia mais ousada do brain, assumiram riscos e não foram nenhum pouco bunda-moles.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Rédifonis.

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É comum escutar a frase "nada dura para sempre" confortando alguém que perdeu um amor. Atualmente ela conforta minhas constantes perdas de fone de ouvido. É batata, de seis em seis meses eu me dirijo ao shopping na busca de um modelo que dure um pouco mais. Já experimentei diversos fones e os melhores são os gigantes, que tapam as orelhas. Eles agüentam o tranco e possuem uma ótima qualidade de som, o problema é que pega mal sair com aquele trambolho na rua. Além disso, é bom advertir que algumas mulheres podem ficar parecidas com a Princesa Leia ao vestir o equipamento. Os piores, mas necessários, são os portáteis. Esses não resistem a um puxão mais forte no fio e aos poucos vão se desmantelando. É o caso do fone que veio com o iPod, mas de uma hora pra outra desmanchou na minha mão.

Ainda assim, vou às compras com a ilusão que voltarei tendo comprado algo para a vida toda.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Antes tarde.

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Quem se liga em música e tem o hábito saudável de ir atrás de velharias, sabe que volta e meia a casa cai. Semana passada um edifício tombou quando conheci o Nelson Cavaquinho. As letras tristes, que abordam a morte e o amor, são cantadas por uma voz de timbre bêbado arrastado inconfundível. O arranjo, que leva flauta transversal, cuíca e vocais femininos, remete ao samba de Cartola, dono do bar onde Nelson começou a tocar. Outro tema recorrente é a verde e rosa, é nesse momento que surge aquela vontade de tirar férias no Rio.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Oro de La Plata

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O Un Millón de Euros, da El Mató a un Policia Motorizado, é o disco que mais tem tocado no meus fones. Diferente de (quase) todas bandas da Argentina, eles não se baseiam em apenas uma referência para fazer rock. Impressiona como os caras, embora novos, já tenha construído uma identidade sonora. A mistura de uma linha vocal repetida como um mantra e riffs de guitarras, que vão da melodia a sujeira, fazem a música crescer lentamente, até um ponto que é impossível não bater cabeça. No final do EP, fica a vontade de escutar um pouco mais. Que venha o primeiro disco!

Aqui tem uma entrevista que o Túlio fez com o vocalista da banda: http://aires-buenos.blogspot.com/2008/08/especial-rock-argentino-2-el-mat-un.html

domingo, 12 de outubro de 2008

El cholo.

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- Guiña, puedo sacar una foto con vos?
- Dale!

sábado, 11 de outubro de 2008

Corredores

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Tive o prazer de escrever sobre Buenos Aires para o blog da Nike. O texto é uma sugestão de roteiro dedicado a quem vai fazer um bate e volta para participar da maratona internacional, que acontece no domingo, e tem pouco tempo para aproveitar a cidade. Também vale para todos que estão afim de fazer um passeio curto e querem ver mais do que obelisco. Passa lá: nikecorre.com.br.

(Sobre a foto: desculpem o trocadilho, às vezes eu não me agüento)