terça-feira, 6 de outubro de 2009

FF

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Não estou habituado a resenhar shows por aqui, mas acho que vale contar sobre a promoção que me fez ir até São Paulo para assistir ao Franz Ferdinand. Quem me ofereceu a cortesia foi o Angelo Pilla, amigão que tinha ganho os ingressos em um concurso da Smirnoff. Sempre gostei de ver bandas grandes tocando para públicos pequenos, por isso aceitei o cansativo bate e volta. Outro bom motivo pra viagem era observar a organização do evento, já que me pareceu bem ousado uma marca distribuir metade dos ingressos gratuitamente.

Saímos de Porto Alegre no começo da tarde. Por causa do trânsito caótico da metrópole só chegamos no local do evento as 19h, o horário marcado para retirar os ingressos. Chegando lá tivemos que esperar cerca de duas horas até recebê-los. Um tempo considerável pra quem queria curtir um pouco da cidade em 18 horas.

Depois de uma janta apressada chegamos no horário marcado para o começo do show. Era 23h quando os caras subiram no palco, apenas trinta minutos depois do marcado. Um exemplo pras produtoras de Porto Alegre que costumam esperar a última pessoa chegar pra começar.












Quem achava que o Franz Ferdinand faria corpo mole por estar tocando para poucas pessoas se enganou. Os caras mandaram, pelos meus cálculos, duas horas de rock direto. Nesse tempo consegui entender porque tanta gente pira no som deles. O show mistura mega-hits com experimentações que beiram o dub. O timbre das guitarras é inexplicável e os moogs são a maça na boca do porco que separam eles de qualquer outra banda. Os destaques da noite foram 40ft, No You Girls, Walk Away e Michael, que contou com escalada de mezanino seguida de mosh do Nicholas McCarthy, guitarrista da banda.

Embora a noite tenha sido foda, fiquei com a impressão que a Smirnoff aproveitou mal a ocasião. Colocou toda a responsabilidade de fazer o evento e transmitir o conceito Be There em cima da banda. Pelo que lembro a única ação que vi dentro da festa foi um painel onde as pessoas eram convidadas a escrever frases respondendo "O que fará você dizer eu estava lá?". É muito pouco pra quem gastou um caminhão pra trazer o Franz Ferdinand. Ficou parecendo comercial mal produzido rolando no intervalo do Super Bowl.



A fotos que ilustram o post foram gentilmente roubadas de Silvio Tanaka.