quarta-feira, 30 de julho de 2008

Aonde fica a música brasileira?

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Wado, cadê a grana?

Cheguei a conclusão que o artista brasileiro está parado e espera para que lá fora se defina o futuro da indústria fonográfica. Acredito que a classe concorda que ser independente vale a pena, mas ainda não se descobriu como fazer dinheiro com isso.

Enquanto aguardamos uma decisão, uma penca de novos músicos lançam novos discos que vão parar em lugar algum.

Cada vez é mais difícil comprar música, seja pelo preço inviável ou pelo modo exquisito da venda. A alguns meses fui atrás do Dois, lançamento da Tom Bloch, naquela época só era possível baixar os arquivos do site da banda, e para isso precisávamos desembolsar 15 reais. Um absurdo, já que o único custo que a gravadora tem é em um servidor disponível, imagina comparar isso a fabricação de um CD, com encarte e tudo mais?

Outro dia me dei conta que ainda não tinha escutado o novo do Wander, que tem a produção do Kassin. Busquei em algumas lojas virtuais e encontrei somente os antigos a venda na amazon (!).

A essa altura já tinha apelado para o torrent e o emule para conseguir alguma dessas duas gravações, o que deu em nada. Aí aparece o Wado e vou direto para o blogsearch do google ― sempre ele ― o que parecia uma solução. Dito e feito, só que com um porém, ali descubro que o Wado disponibiliza de graça, em seu próprio domínio, todos os seus trabalhos. Pra não passar em branco, o blogsearch me ajuda a encontrar umas pérolas da nova música nacional. Tudo resolvido.

Mas fica a pergunta: o Wado tá vivendo na miséria ou são os músicos brasileiros que não aceitam perder um pouco do lucro?

3 comentários:

Túlio disse...

cara, acho que é os dois. wado na miserie e musicos muquiranas.

Anônimo disse...

na real ta todo mundo meio perdido, poucos tem certeza do que estão fazendo.

ps1.: sobre o disco do wander, só encontrei na loja mesmo pela bagatela de 26,90. Absurdo não?

ps2.: nunca encontrei um disco da Tom Bloch, pra mim eles não existem.

Vinícius da Cunha disse...

túlio: e nós sem os discos.

chico: boa observação sobre a tom bloch.