terça-feira, 26 de agosto de 2008

Nunca errado, mas sempre em dúvida.

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A minha faculdade esta perdida, literalmente sem rumo. Percebo que o foco dado a um curso de comunicação está fadado ao fracasso. E o pior é que ela não está sozinha, tem muita instituição seguindo o mesmo caminho.

Alguns defendem que esse ambiente deve proporcionar ao aluno experiências reais, que preparam para o mercado de trabalho. Depois de 7 anos, cursando publicidade e propaganda, não tenho um trabalho no meu portfolio que fora concebido em aula. A disciplina como nome de campanhas não resultou em nada. Quem tirou nota máxima criou um manual de identidade visual. Um trabalho que poderia ter sido feito por alunos do quinto semestre de design. Não houve posicionamento da marca. Se falou em marketing, mas não pensamos em comunicação. Aí fica claro, profissional de comunicação não tem tempo para um mestrado. Quem tem mestrado não tem tempo de ser profissional. Então porque insistir em um curso profissionalizante que não conta com exemplos reais?

Pra abalar essa estrutura surgem as escolas técnicas feitas pelos próprios profissionais. Nada mais justo, se não pode ensinar em uma universidade que abra seu próprio negócio. E não é a toa que isso tem dado certo. A academia deveria servir de base. Deveria discutir a teoria, o processo de comunicação. Mais sociologia, filosofia, semiótica e teoria da comunicação. Menos mestres que nunca pisaram em uma agência ensinando a fazer um spot de trinta segundos.

1 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns pelo post. Já tinha percebido isso no semestre passado em uma conversa ou outra contigo. Mas agora ficou claro que tu pensas exatamente como eu. Me sinto aliviado, de certa forma, por não ser o único louco da publicidade que pensa assim, e ao mesmo tempo "loco da cara" por investir tanto nessa "farsa".