segunda-feira, 9 de julho de 2007

Uma nova esperança.

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Nesse final de semana aproveitei a chuva para locar alguns documentários que estavam na minha fila de filmes a serem vistos. Os escolhidos foram Super Size Me, Na Captura dos Friedmans e Edifíco Master.

Meu apego por junkie food sempre fez com que eu evitasse o Super Size Me, e pra ser sincero ele foi um dos que menos me empolgou. Nunca me interessei por documentários no estilo Michael Moore, e mesmo que considere ele um bom cineasta, fico imaginando algum gringo escutando as críticas do Mainardi ao Brasil, será que faria sentido pra ele? Claro que os EUA influênciam mais a nossa cultura do que nós a deles, mas mesmo assim sinto que o filme não aborda a minha realidade, embora tenha jantado uma salada.

Na Captura dos Friedmans me lembrou daquela série Morte na Escadaria, só que sem o suspense sensacionalista que faz o cara esperar o desfecho. Além disso, os arquivos pessoais dos Friedmans em Super-8 é fantástico e agrega muito a linguagem. Tudo isso é usado para questionar esse hábito de buscar culpados a qualquer custo. Tradição antiga que existe na nossa sociedade.

O representante brasileiro dessa vez fez bonito. Edifício Master, de Eduardo Coutinho, é um apanhado de entrevistas feitas em um condomínio de Copacabana ocupado por mais de quinhentas pessoas. Ao visitar cada apartamento, o diretor encontra a realidade de uma classe que não é miserável, mas está longe de ser rica. Essas figuras abrem seu coração ao falar do passado, amor e dinheiro. No final o que temos é Coutinho, que viveu trinta dias em um desses apartamentos, se deparando com a franqueza que só um vizinho conseguiria nos depoimentos.

4 comentários:

Bruno Dietrich disse...

Captura dos Friedman é do caralho.

Túlio disse...

tinha que rolar uma versao portenha do edifício Master. Minha sugestão de nome seria "GUARDIA VIEJA 3346"

Laura Cogo disse...

Baixamos da internet e assistimos a Captura dos Friedman depois de ler este teu post. Gostamos muito, muito triste...me fez lembrar daquele outro documentário "Tarnation" em que o diretor mostra a vida dele desde pequeno através de vídeos caseiros que ele mesmo fez. Se ainda não viste, tens que correr atrás pra ver. Recomendo muuuito.
Beijos!

Vinícius da Cunha disse...

Eu lembro do Tarnation em cartaz quando estava aí. Acabei não indo ao cinema, mas logo que encontrar em uma locadora te digo o que achei.